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segunda-feira, 10 de agosto de 2015

As 10 Piores Novelas das Nove dos Últimos Tempos


10º lugar: Império


Império tinha tudo pra ser um novelão memorável, mas pecou pela irregularidade. Repleta de apelos que despertaram a curiosidade no público, com personagens complexos, bem carismáticos, bem dirigidos e bem interpretados (a grande maioria) e com histórias que tinham tudo para render ótimos entrechos e ganchos. Alguns conseguiram, outros ficaram na promessa ou decepcionaram (Cora como grande vilã foi uma delas). Império foi uma novela bem mediana. Faltou um melhor desenvolvimento nas tramas desses personagens. Desde o início, a trama central de Império sempre foi o ponto alto da novela. Porém, na maioria das vezes, a estagnação imperava na obra de Aguinaldo Silva. A situação envolvendo a falsa morte de José Alfredo (Alexandre Nero) foi prolongada demais e cansou. Mas com o retorno do Comendador ao mundo dos vivos, o núcleo principal voltou a despertar interesse e apresentar qualidades. Entretanto, o mesmo não se pode dizer dos núcleos paralelos. Todos eles não funcionaram. Por isso chamá-la de irregular, onde quase tudo não se encaixou perfeitamente, alternando entre altos e baixos. 


09º lugar: Amor A Vida


A estreia de Amor à Vida foi super movimentada. A atração causou espanto pela direção que imprimiu agilidade na narrativa e pelas tomadas de tirar o fôlego. Mas, em menos de um mês, a novela logo entrou no ritmo normal de um tradicional folhetim. Porém, com alguns problemas. O texto de Walcyr Carrasco, que ele não permite improvisos e exige que seja declamado pelo seu elenco exatamente o que está no roteiro, foi o maior dos problemas. Em Amor à Vida, não faltou didatismo, repetições exaustivas de palavras CAÇAMBA!!! CAÇAMBA!!! CAÇAMBA!!! e frases, diálogos artificiais e primários, em um tom muitas vezes teatral. Funcionava nas comédias de época das seis horas que o autor escrevia, mas, para o horário nobre, que pede uma trama realista, subestimou demais o telespectador. E não faltou o humor carrasquiano, outra marca do autor. Combinado com o seu texto, soou infantil muitas vezes, quando não sem graça. Várias sequências e personagens resvalaram na comédia digna de esquete de programa humorístico de gosto pra lá de duvidoso. O excesso de personagens também foi outro problema, com tramas paralelas, em sua grande maioria, totalmente desnecessárias. Por fim, mesmo com muitas críticas ao seu estilo narrativo e à sua história, que pecou em várias incoerências, Amor à Vida foi bem no Ibope e teve repercussão. Com ótimos ganchos, alguns capítulos-chave e sequências de impacto, a novela conseguiu manter o interesse do público por oito meses seguidos, mesmo tendo que enrolar bastante pra espichar a novela. Não é exagero meu dizer que a bicha má do Félix (Mateus Solano) foi o grande destaque. Por alguns momentos, carregou a novela inteira sozinho nas costas!


08º lugar: Viver A Vida



Lançada com um arsenal de boas ideias, Viver a Vida foi uma novela que muito prometeu, mas pouco cumpriu. O folhetim arrastou-se em seus exatos oito meses de exibição apresentando um cotidiano lento demais com poucas histórias sendo desenvolvidas. O autor atingiu a meta de informar ao abordar a tetraplegia e anorexia alcoólica, mas ficou devendo no folhetim. A Helena de Taís Araújo foi a mais jovem e a única negra de todas as Helenas já criadas por Manoel Carlos. Entretanto, a superação da personagem cadeirante Luciana (Alinne Moraes) foi o grande fator que norteou toda a novela a ponto do autor focar mais na trama da personagem em detrimento aos dramas da então protagonista, Helena. A personagem de Taís Araújo foi perdendo espaço e acabou por se tornar a mais insossa das Helenas de Manoel Carlos. Desta forma, pode-se seguramente afirmar que a verdadeira protagonista de Viver a Vida foi Luciana, e não Helena.


07º lugar: Duas Caras


Educação, racismo, luta de classes, drogas, homossexualidade, especulação imobiliária e invasão de terras improdutivas foram temas abordados nesta trama de Aguinaldo Silva, que prometeu escrever uma novela politicamente incorreta. O autor deixou claro desde o início que centralizaria a atenção em determinados núcleos em momentos diferentes da novela. Uma trama teria destaque, enquanto outra ficaria em banho-maria até o momento de voltar a acontecer. O problema é que, com tramas paralelas fracas e uma história central chata, Duas Caras acabou ganhando mais críticas que elogios. Começando pela mocinha, interpretada pela Marjorie Estiano. A atriz foi vítima de várias críticas negativas, mais por conta pelo mau desenvolvimento de sua personagem do que pela sua performance. A novela só melhorou um pouquinho quando Silvia (Alinne Moraes) se transformou numa vilã maluca e psicopata, mas, num saldo geral, Duas Caras foi muito ruim!



06º lugar: Salve Jorge



Um verdadeiro samba do crioulo doido. Assim podemos definir Salve Jorge, aquele delírio em forma de novela que a Glória Perez escreveu. A trama foi massacrada pela crítica e zombada pelo público nas redes sociais, que diariamente apontavam erros e incoerências. E, de fato, Salve Jorge ultrapassou todos os limites do nonsense e abusou da inteligencia do telespectador. Ainda mais porque a trama era realista e tratava de um assunto sério: o tráfico de mulheres, que acabou pendendo para o humor involuntário. A autora pecou pelas incoerências e furos de roteiro enquanto a direção derrapou em várias sequências, com direito a erros de continuidade (o "cabelo bipolar da Morena", por exemplo, uma hora liso, outra cacheado). Ficou a impressão de que a direção preferiu fechar os olhos a esses detalhes e dar vazão ao lema da autora de que era preciso voar. Com um dos elencos mais numerosos já reunidos (quase cem personagens), ficou difícil para Glória Perez administrar tanta gente. Algumas tramas e personagens simplesmente sumiram da novela sem maiores explicações, como Miro (André Gonçalves), Dália (Eva Todor) e Yolanda (Cristiana Oliveira). Além desses equívocos citados anteriormente, a repetição de temas e estilo da autora foi outro problema, com dancinhas e bordões estrangeiros que já não despertavam mais tanto interesse assim como na época de O Clone. A Turquia retratada em Salve Jorge pareceu uma mistura (muito mal feita, diga-se de passagem) da Marrocos de O Clone com a Índia de Caminho das Índias.


05º lugar: Fina Estampa


Um sucesso popular que alavancou o horário nobre da Globo, Fina Estampa é uma das maiores audiência das nove dos últimos tempos. Taí uma prova de que audiência e qualidade nem sempre andam lado a lado. O autor, Aguinaldo Silva, uniu tramas surreais e sem compromisso algum com a realidade com elementos populares em voga no momento (como UFC e o funk), personagens pra lá de caricatos e uma heroína maniqueísta (mulher batalhadora, de personalidade forte, mãe sofrida, boa e justa). Entretanto, Fina Estampa está longe de ser o melhor trabalho de Aguinaldo Silva: não teve uma história consistente, marcante, inovadora ou original. O autor se perdeu do mote inicial: Griselda (Lília Cabral), que, ao ficar rica, se questionaria se o que vale mais é a aparência ou o caráter, como bem sugeria a abertura e o título da novela. Isso acabou não acontecendo e a vilã tresloucada Tereza Cristina (Cristiane Torloni) passou a ganhar mais espaço dentro da história, despertando a atenção do público acerca de seu segredo. Mas esse segredo, cuja revelação foi ápice em dois momentos, acabou por frustrar o telespectador. O autor também frustrou o público com a não revelação da identidade do amante de Crô (Marcelo Serrado), no último capítulo. Falando em último capítulo, Fina Estampa possui o pior final de uma novela de todos os tempos! Apesar do espaço que Tereza Cristina ganhou na trama, pela primeira vez não foi a vilã da novela que despertou paixões no telespectador. O personagem de Fina Estampa que entrou para galeria de tipos queridos da TV foi o Crô, o grande destaque da novela, impagável nas cenas com Tereza Cristina, o chofer Baltazar (Alexandre Nero) e a empregada Marilda (Kátia Moraes).





04º lugar: Insensato Coração




A trama chegou a dar uma impressão inicial de ser uma homenagem a Vale Tudo, mas era pura repetição e falta de imaginação mesmo dos autores. Personagens mal construídos e vilões psicopatas agindo sem motivo algum deram o tom de Insensato Coração. Os autores apostaram em uma estrutura narrativa desconexa marcada por temas fortes e realistas, ou seja, não havia uma história central bem definida e sim várias. Esse monte de tramas paralelas nascendo, evoluindo e morrendo ao longo da trama, marcando a saída e a entrada de vários personagens, foi um grande mal para a novela, pois negava ao telespectador se identificar com os personagens e acompanhar sua evolução. Norma (Glória Pires) foi a única personagem que tinha uma história cujo fio se podia seguir inteiro na novela e despertou o interesse do público. Por causa disso, o casal protagonista foi deixado um pouco de lado e Norma passou a ganhar ares de protagonista-vilã.



03º lugar: Esperança



Benedito Ruy Barbosa criou a novela Esperança com o objetivo de ser uma nova Terra Nostra. Apesar de manter a temática italiana, a trama não teve o mesmo sucesso da anterior. Com uma história arrastada, a novela se tornou um fracasso de audiência. Abalado com as críticas e sofrendo com problemas pessoais, Benedito Ruy Barbosa não conseguiu dar continuidade à história e abandonou o barco à deriva. Quem assumiu o desafio de tentar salvar a novela foi Walcyr Carrasco. A novela foi uma grande sucessão de erros e crise nos bastidores. Talvez o excesso de expectativa em torno de uma Terra Nostra 2 tenha sido um dos fatores. O casal protagonista, interpretados pelos (até então, inexperientes) Reynaldo Gianecchini e Priscila Fantin, também não agradou. Foi só com a entrada de Ana Paula Arósio que a história começou a andar e melhorou um pouco mais quando Walcyr assumiu e fez várias modificações, mas ainda naquelas.


02º lugar: Em Família


Um verdadeiro sonífero. Assim podemos definir Em Família, a última novela do Manoel Carlos. Se considerarmos o último folhetim do autor, Viver a Vida, cujo ponto alto era as dificuldades de uma bela e vaidosa moça que ficou tetraplégica (Luciana de Alinne Moraes), era de se imaginar que a premissa de Em Famíla não era lá muito atraente para o horário mais visado e visto da Globo. A história de primos que se amaram no passado, mas que, no presente, ficou apenas o rancor de um amor mal resolvido, poderia ser contada à seis da tarde sem maiores percalços. A Helena da vez (Júlia Lemmertz) não passou de mera coadjuvante para o drama da filha, Luiza (Bruna Marquezine), apaixonada pelo homem que desgraçou sua família no passado, Laerte (Gabriel Braga Nunes). O bom início da novela, que apresentou as primeira e segunda fases da história, se perdeu quando caiu na terceira e definitiva parte. Foi quando nos deparamos com uma trama mais lenta e que não fazia questão de prender o público na frente da TV, com um ritmo "devagar quase parando", pouca ação, sem vilões e humor e total ausência de bons ganchos.


01º lugar: Babilônia


Babilônia ainda nem terminou, mas já pode ser considera a pior novela das nove dos últimos tempos (quiçá, de toda a história da teledramaturgia brasileira)! Não, não é por causa da sua baixíssima audiência. Babilônia ocupa o primeiro lugar dessa lista porque realmente é uma novela pavorosa! Para não dizer que fui injusto, a trama começou de forma eletrizante, com um assassinato e a explosão de intrigas entre as duas vilãs, Beatriz (Gloria Pires) e Inês (Adriana Esteves). Mas, do segundo capítulo em diante, a trama desandou. A mocinha Regina (Camila Pitanga), para quem, teoricamente, o público deveria torcer, acabou se revelando uma chata profissional; e as vilãs, que se odiavam e prometiam grandes conflitos, passaram a ser aliadas. Sem um enredo forte e poucos perfis atrativos, não deu outra: a audiência despencou. As falhas do roteiro ficaram expostas e todas as mudanças que começaram a ser feitas, para iniciar uma operação de salvamento, deixaram a produção ainda mais equivocada. Babilônia virou uma verdadeira colcha de retalhos muito mal remendada. O que estava ruim, ficou ainda pior!



Relembre as 10 melhores novelas das nove dos últimos tempos clicando bem aqui.

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