Globo, a Rainha Soberana da TV Brasileira

Já disse isso várias vezes e repito: a maior concorrente da Globo no país é unicamente ela mesma. Tá pra nascer emissora que vai conseguir destroná-la. Aos haters de plantão, podem me tachar de globista nos comentários, me chamar de puxa saco, me mandar tomar naquele lugar onde o sol não bate... Doa a quem doer, a Globo é a maior emissora de televisão no nosso país e a segunda maior do mundo inteiro. E do jeito que anda as outras emissoras, continuará reinando absoluta por aqui. Confira 6 motivos que provam porque a Globo é e sempre será a Rainha Soberana da TV Brasileira.

Dramaturgia premiada: A Globo até pode errar de vez em quando cofcofBabiloniacofcof, mas que as suas novelas são (quase) sempre as melhores, isso ninguém pode negar. A dramaturgia da emissora é premiadíssima internacionalmente e referência para o mundo inteiro. Só nos últimos quarenta anos, a Globo vendeu 130 novelas para 170 países diferentes. Com uma produção impecável, ninguém faz novela melhor que o Brasil. Quer dizer, que a Globo. A Record e o SBT, de vez em quando, nos presenteiam com boas tramas, mas sem aquele padrão de qualidade. Até porque ambas não possuem bala na agulha suficiente para manterem uma dramaturgia do tamanho que a da Globo.

Planejamento impecável: A Globo tem atualmente 20 novelas sendo preparadas ou escritas, incluindo as quatro que estão no ar. Somente na faixa das 19h, há seis sinopses aprovadas com estreias agendadas até o início de 2018. A fila dos autores das 21h também já está definida até o final do ano que vem. Há ainda uma novela das 23h em gravação e duas minisséries para essa faixa em fase de roteirização, além de uma nova temporada de Malhação para estrear no início de 2017. Enquanto isso, a Record tem uma novela inédita e totalmente gravada que foi engavetada e ninguém sabe quando irá pro ar (se é que vai pro ar). Depois que explodiu com Os Dez Mandamentos, a emissora não pensa em outra coisa do que fazer uma segunda temporada da trama e dar sequência a sua faixa de novelas bíblicas. Se houvesse planejamento para tal, seria ótimo. Porém, as notícias não são nada animadoras. Segundo consta, a produção da continuação da saga de Moisés anda a passos de tartarugas e não há sinais de quando ficará pronta A Terra Prometida, sua sucessora. Se tivessem seguido esse planejamento inicial de exibir Escrava Mãe, ao menos, agora, não estaria nessa situação ridícula de terem que ficar revirando seus arquivos na procura do que exibir na faixa das 20h30 para tapar o buraco. O caso do SBT é mais lamentável ainda. Mão-de-vaca, abandonou a ideia de um segundo horário de novelas e manterá apenas uma novela inédita no ar por ano. Planejamento é uma palavra que não está no dicionário do SBT, que prefere se acomodar do que gastar, inovar ou criar.

Balança, mas não cai: Nem mesmo quando teve sua liderança ameaçada, a Globo deixou de manter uma posição bastante confortável no ranking de audiência. Em 2015, a média diária de Ibope do canal foi de 12.4 pontos. O SBT registrou 5. A Record, apenas 4.7. Ou seja, mesmo com o excelente desempenho de Os Dez Mandamentos, que chegou a empatar e até pontuar acima do Jornal Nacional e da novela das nove, a Globo seguiu sendo líder absoluta na audiência. Após o fim do fenômeno bíblico da Record, enquanto a emissora despencou no Ibope e se viu cada vez mais distante de obter a liderança, a Globo conseguiu contra-atacar e retomou sua liderança inabalável no horário nobre. A Regra do Jogo vem crescendo cada vez mais na audiência em seus meses finais, com índices acima da média, concertando o estrago que Babilônia fez e entregará muitíssimo bem para Velho Chico.

Sabe lidar com um sucesso: Nada mais natural do que esticar um produto que traz retorno financeiro e prestígio para prolongar o sucesso. Foi exatamente isso que a Record e o SBT fizeram, respectivamente, com Os Dez Mandamentos e Carrossel (seus maiores sucessos dos últimos tempos), mas exageraram na dose. Em sua fase de maior sucesso e repercussão, a emissora esticou ao máximo as dez pragas do Egito para que a novela ficasse mais tempo no ar. Foi aí que rolou um show de enrolação (leia aqui) e ainda terminou em aberto para que a Record pudesse fazer uma continuação e um compacto em forma de filme. Já Carrossel ficou no ar por mais de um ano, foi reprisada dias depois do término, a reprise foi cancelada, virou desenho animado, originou um seriado (Patrulha Salvadora), virou filme e está sendo reprisada atualmente. Ufa! Engraçado que Avenida Brasil e Cheias de Charme foram os maiores fenômenos dos últimos tempos da Globo e a emissora não caiu nesses exageros e soube lidar com o sucesso. Me lembro que, na época, rolaram boatos de que as Empreguetes teriam um seriado, Avenida Brasil teria uma continuação, enfim. Não rolou nada disso.

Jornalismo de qualidade para todo o público: Enquanto a Rede Globo tem um jornalismo que abrange todo o tipo de público que busca a notícia, como esporte, política, cotidiano, prestação de serviço, entre outros, a Record foca apenas no jornalismo policial/popularesco, mais conhecido com jornalismo circense. Do jornalismo do SBT, prefiro nem comentar. Tá mais mofado que os enlatados mexicanos.

Sempre está criando e inovando: Foi-se o tempo em que o ano na televisão só começava depois do carnaval. A Globo começou 2016 aceleradíssima, com oito estreias só em janeiro: The Voice Kids, Ligações Perigosas, Eta Mundo Bom!, Tá no Ar, Alemão (minissérie adaptada do filme), BBB16, Houdini (série americana), Pé na Cova (última temporada) e Amor & Sexo. Todos os anos, a emissora traz novidades em sua programação, criando e inovando sempre. Já as suas concorrentes, não apresentam (quase) nada de novo. Ao contrário do SBT, ela não vive à base de reprises. E até poderia, porque o acervo de dramaturgia e entretenimento da Globo é tão rico e gigantesco que daria para criar umas três emissoras só com os seus programas antigos (taí o Canal Viva que não me deixa mentir). Já a Record, bem, ela não é chamada de Recópia a toa, né?

Globo Rainha, Concorrência Nadinha!