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domingo, 21 de agosto de 2016

O Melhor e o Pior da Semana (14 à 20/8)




   O MELHOR DA SEMANA   



Dobradinha de Elizabeth Savalla e Suely Franco


Cunegundes fica furiosa com revelação de Paulina sobre seu passado (Foto: TV Globo) Paulina conta segredo sobre passado de Cunegundes (Foto: TV Globo)

E o núcleo caipira de Eta Mundo Bom (que sempre foi o ponto alto da novela desde o início) fica cada vez melhor e mais divertido. Nesta penúltima semana, Walcyr Carrasco resolveu juntar outra grande atriz para o núcleo e, claro, foi sucesso absoluto. Elizabeth Savalla (Cunegundes) e Suely Franco (Paulina) nos brindaram com cenas hilárias nos capítulos desta semana. O que foi aquela cena das duas discutindo e Paulina mostrando como a Dona Boca de Fogo rebolava no colo do juiz para ganhar o concurso? Tô rindo até agora! Duas grandes atrizes que sozinhas já foram destaques absolutos na trama, mas nós merecíamos essa dobradinha antes do final.

Guga como comentarista na Olimpíada 2016



Inusitado, porém, mais do que justo o apelido de labrador humano dado a Guga nas redes sociais. Um labrador é considerado o mais gentil, carismático e alegre da família canina. E se você assistir o ex-tenista comentando os jogos na cobertura da Olimpíada 2016 da Globo, vai entender perfeitamente o porquê do codinome. Sempre alegre, sorridente e com uma palavra positiva para os atletas brasileiros, Guga se tornou o maior destaque da imensa cobertura da Globo nesta Olimpíada, levando leveza, carisma e boa informação para quem assiste.


     O PIOR DA SEMANA     



Sumiço de Santo



Dá para entender que a Globo não queira mostrar um grande acontecimento durante a Olimpíada, quando a atenção não está voltada para uma novela, mas também não precisa exagerar e enrolar demais, né? Nesses dias de jogos, Velho Chico virou uma chatice e é dá-lhe diálogos que vão se repetindo até dizer chega. Já deu para perder as contas de quantas foram as discussões entre Tereza (Camila Pitanga) e Carlos Eduardo (Marcelo Serrado), a Piedade (Zezita Matos) que não para de rezar há uma semana, Miguel (Gabriel Leone) nesse eterno looping de ódio pelo avô, o Santo (Domingos Montagner) que sumiu e não aparece, todo mundo da cidade procurando ele... Aliás, esse sumiço do Santo lembra muito o de Bruno Mezenga (Antonio Fagundes), de O Rei do Gado. Será que o Santo só foi curtir a Olimpíada?

Apolo e o manjado "Boa noite, Cinderela"


Apolo fica 'grogue' depois de cair em armação de Beto (Foto: TV Globo) Moça leva o piloto para um quarto (Foto: TV Globo)

Eu sei que, como diria Chacrinha, na TV nada se cria, tudo se copia. Ainda mais em relação às novelas, que, quase sempre, contam as mesmas histórias, só mudando a forma de contar. Mas tem certos clichês que são repetidos à exaustão e acabam dando nos nervos. Um deles é o famoso "Boa noite, Cinderela"... Aplicado, recentemente, em Apolo (Malvino Salvador), de Haja Coração. É o truque mais manjado das novelas, visto, inclusive, em Totalmente Demais, a novela anterior do horário, que abusou do excesso de soníferos aplicados na bebida dos personagens (relembre AQUI). O público não cai mais nessa. Mais criatividade, autores! Obrigado, de nada...

Guerra fria entre William Waack e Cris Dias


É incrível o que acontece com William Waack, o âncora do‪ ‎Jornal da Globo‬ (e conhecido nas redes sociais como o Vampirão da Globo por sempre trabalhar na madrugada). A impressão que dá é que ele quer distância de mulheres, especialmente, se estão dividindo a apresentação de seu programa. A mais nova vítima é Cris Dias, com quem trocou algumas farpas e alfinetadas ao longo de toda a Olimpíada. E foram bem evidentes, o que é sempre aquela coisa constrangedora para quem assiste. Mas que fique bem claro: dessa vez, ele não foi o único culpado. Quem acompanhou o Jornal da Globo durante toda essa Olimpíada, percebeu nitidamente que Waack e Cris Dias não se bicam. Existia ali uma guerra fria: um tentava ser melhor do que o outro, um tentava desestabilizar o outro, um provocava o outro e vice-versa. O público, que queria informação, teve que perder tempo com picuinhas bobas entre os dois. Lamentável.

Semana retrasada, eu já havia falado sobre a grosseria de Waack com Anitta logo após a abertura da Olimpíada (relembre AQUI). Ele meio que quis desconstruir e menosprezar a cantora, mas acabou levando foi uma bela de uma invertida dela. Waack também é apontado como o principal pivô da saída de Cristiane Pelajo da bancada do Jornal da Globo (embora o canal negue oficialmente). Um outro caso constrangedor e que mostra bem a aversão do apresentador às colegas foi quando chamou, no ar, a repórter Zelda Mello simplesmente de "Zelda Merda". Esse caso, aliás, já é um clássico. Agora a questão é: por que tudo isso, Waack?!

O mais engraçado (e ridículo) dessa história foi ver na edição do Jornal da Globo desta sexta (19), que marcou a despedida do noticiário olímpico do programa, Waack e Cris fazerem questão de deixar claro que são grandes amigos, com direito até a beijinho no rosto, que tudo não passou de uma brincadeirinha. O que uma bronca da Globo não faz, né?  Foi uma cena bem falsa para dar o "grand finale" dessa novelinha mexicana tosca formada pelos dois.

segunda-feira, 6 de junho de 2016

O Melhor e Pior da Semana (29/5 à 4/6)




 O MELHOR DA SEMANA 



Primeira semana de Escrava Mãe




Quem diria, hein... Escrava Mãe se revelou uma belíssima surpresa. Faz tempo que a Record não produz uma novela tão bem feita. Não dá para parar de assistir. A novela funciona como um prequel de A Escrava Isaura, narrando a trajetória de vida de Juliana, a escrava que é mãe da personagem título do romance de Bernardo Guimarães. Mesmo que o horário não permita um enredo carregado em profundidade que traga à tona a história dos negros comercializados no Brasil naquela época, é importante uma novela que ressalte isso, pois, infelizmente, mesmo estando em 2016, vemos diariamente diversas demonstrações de preconceito racial.

A história se inicia em 1789, no ritual de casamento entre Luena e Kamal, casal africano que pouco depois do matrimônio é capturado e vendido como mercadoria para senhores de escravos em terras brasileiras. Kamal é o personagem que age no primeiro capítulo como âncora para os enredos que se seguem. Ele é o herói tradicional, que luta com honra e justiça tanto pela felicidade da amada quanto pela sobrevivência dos seus. Toda as sequências envolvendo o personagem e situadas no Congo foram muito bem filmadas, produzidas e sonorizadas.



Numa história narrada sobre seu nascimento, Tia Joaquina conta à Juliana que ela é realmente uma escrava, jogando um balde de água fria na menina que acreditava que, por ter a pele mais clara, poderia ser filha do Coronel Custódio, seu senhor, quando na verdade ela é fruto de uma violência cometida por Osório contra sua mãe. Juliana parece ser uma personagem escrita às sombras das mocinhas das novelas mexicanas. Mesmo sendo uma escrava, vivendo uma vida de privações, mantém sonhos, inclusive os românticos, e se encanta à primeira vista por Miguel, rapaz português, bem educado, que aparece na cidade a princípio a procura de um trabalho.

Dos outros personagens que compõem Escrava Mãe, o destaque fica por conta do embate entre as filhas do Coronel Custódio: Maria Tereza, que tem bom coração e sonhos românticos, sempre imersa em seus livros, possui uma deficiência na perna e é muito amiga de Juliana, tratando-a sempre de igual para igual, e Maria Isabel, a irmã má e egoísta, que ganha o título de vilã juntamente com Fernando Almeida, um homem de caráter duvidoso e financeiramente falido que recebe a proposta de se casar com Maria Tereza em troca de um grande dote.


O primeiro capítulo foi digno de grandes clássicos. Contou toda a trajetória da mãe da Escrava Isaura em um tempo recorde sem cansar o telespectador e logo nesse capítulo ficou nítida as grandes apostas da emissora no elenco da trama. Tais Fersoza, que já havia dado um show com a vilã de Dona Xepa, volta novamente numa personagem má e promete fazer um trabalho impecável. Fernando Pavão também promete ser tão ruim quanto (ou até pior) que o icônico Leôncio Almeida de Rubens de Falco. Roberta Gualda e Gabriela Moreyra também defenderam muito bem suas mocinhas sem serem bobinhas ou chatas. Nayara Justino, Marcelo Batista e Neusa Borges emocionaram na primeira fase da novela na pele de Luene, Kamal e Mãe Quitéria. Aliás, a cena de Luena dando à luz Juliana à beira do rio ao som de Vida de Negro (o "Lerê Lerê" imortalizado pelas duas versões de Escrava Isaura) foi lindíssima. Um começo de arrepiar.

A abertura da novela é um caso a parte e já podemos colocar esta como uma das mais bonitas dos últimos tempos, porque consegue bem mostrar a escravidão no Brasil de uma forma que não romantiza as coisas. A música também casou bem. Bem simbólica e poética.



Enganou-se quem achou que o tema da escravidão iria deixar o horário das sete da Record mais sério e dramático. Pelo menos, neste início, a emissora teve o cuidado de não chocar com cenas de tortura e espancamento. Até a sequência do estupro de Luena foi adaptada ao horário. E, mesmo assim, foi dilacerante. O autor também providenciou núcleos cômicos que vão dar uma amenizada no drama. E nesses núcleos destaques absolutos para Luiza Tomé na pele da Rosalinda Pavão, a dona do cabaré da cidade, e Jussara Freire, como a falida e defensora da moral e dos bons costumes Dona Urraca. Os embates entre as duas estão divertidíssimos.

Mesmo desacreditada, Escrava Mãe mostrou ter potencial para se tornar um grande sucesso, talvez até mesmo como vingança sobre o fato da Record ter protelado tanto sua estreia. As imagens são lindas, os cenários e os figurinos são bem realistas e a história é de tirar o fôlego.

Ding Dong




Eu adoro o Ding Dong. É o melhor quadro do Faustão. Muito bom esses resgates de gente meio esquecida pela mídia, com artistas que fizeram sucesso nos anos 80, 90 e não vemos há anos.

Bate e Volta




Original e inusitada a iniciativa da Band de colocar pessoas de estilos diferentes para trocarem ideia em Bate e volta. O programa com Erick Jacquin e Gabriela Pugliesi e o com Ronnie Von e Mc Biel foram bem interessantes. Ainda vai ter a Mara Maravilha com o Mr. Catra. Promete!

Grace Gianoukas




Mesmo com um time de atores/humoristas de peso como Tatá Werneck, Marisa Orth e Cláudia Gimenez, o grande destaque dessa primeira semana de Haja Coração foi a impecável Grace Gianoukas como a adoravelmente terrível Teodora. A atriz, que já havia feito participações em programas humorísticas como Rá-Tim-Bum e Escolinha do Professor Raimundo e nas novelas Bang Bang e Guerra dos Sexos, é a responsável por um dos mais importantes projetos de humor brasileiro do início dos anos 2000: a Terça – Insana, movimento teatral dedicado a formação de atores, humoristas e autores no humor. Além de atriz, Grace é autora, diretora, cronista e produtora. A Teodora caiu como uma luva para a atriz, que já conquistou o público com suas caras e bocas exageradas e, claro, com as grandes humilhações que ela faz questão de fazer o marido Aparício passar. Será uma pena caso o autor Daniel Ortiz seguir a risca a sinopse de Sassaricando, onde Teodora morria nos meses iniciais. Irei ficar órfão!

Trio Leonora-Penélope-Rebeca




Outro destaque positivo na primeira semana de Haja Coração é o núcleo formado por Leonora, Penélope e Rebeca (Ellen Roche, Carolina Ferraz e Malu Mader), curiosamente, o núcleo principal de Sassaricando. É aqui que está o texto mais esperto, cheio de referências e alguma crítica social embalada no humor. E as três atrizes estão ótimas como estas amigas sem nenhuma sorte no amor que se unem por acaso. Suas sequências divertiram pakas.


   O PIOR DA SEMANA   



Haja Coração: novela nova com cara de velha



Haja Coração não é um remake de Sassaricando. Segundo seu autor, Daniel Ortiz, sua novela é uma adaptação da obra original de Silvio de Abreu. Só que os primeiros capítulos guardaram muito do espírito da trama de 1987. Apesar do bom aproveitamento de recursos modernos, como Apolo pedir Tancinha em casamento pela câmera do celular, Fedora, literalmente, parando o trânsito para conseguir mais seguidores e curtidas nas redes sociais e a referência ao Big Brother Brasil através da Leonora, que é uma ex-BBB, Haja Coração parece reprise de uma novela antiga. Tudo foi excessivamente explicadinho para que o público assimilasse bem quem era quem. Várias cenas afirmaram e reafirmaram que Giovanni foi preso por um crime que não cometeu, que Aparício era um banana, que Teodora era uma milionária arrogante e sem coração e que a família Abdala tinha alguma coisa haver com o sumiço do marido de Francesca.

De lamentável mesmo só a ridícula invasão de Tancinha na festa de aniversário de Fedora no primeiro capítulo. Uma sequência desnecessária, sem sentido, muita gritaria e pior: sem graça. No segundo em diante, permaneceu o ritmo ágil e a insistência no didatismo na apresentação dos personagens. Mas é só o começo da trajetória de Haja Coração. A novela vai precisar também se desvencilhar desta coisa datada, herança dos anos 80. Toda a cafonice de Fedora, por exemplo, parece daquela época, mesmo a personagem se esforçando para tentar ser moderna e querer se tornar a rainha das redes sociais. Algo ali está provocando ruído. Vamos aguardar.

Abertura de Haja Coração



Vocês já perceberam que as aberturas das novelas mais recentes, de um modo geral, estão extremamente preguiçosas e zero criatividade? Nossa, é muita poluição visual, um monte de colagens e cenas amontoadas na tela onde a gente tem que ver várias vezes e notar os detalhes para entender do que se trata. É o caso de Haja Coração, que mal estreou e já está causando um grande problema para aqueles que sofrem de labirintite. Tentando ser extremamente colorida, passou do ponto na movimentação das cores e formas. Não é porque a Tancinha e a família dela são feirantes que precisa tacar um monte de fruta na telinha, né? Se chegar mundo perto, é capaz de cair uma melancia ou uma laranja na nossa cara. Que falta Hans Donner faz, viu...

Didatismo em Velho Chico



É verdade que Velho Chico propõe uma grande abordagem política, mas precisa ser tão didática? No capítulo de segunda (30), Bento apareceu do nada na escolinha de Beatriz e foi ensinar às crianças algumas coisinhas muito importantes. Depois de explicar a origem da palavra democracia (e de nem ficar surpreso com as crianças de 9 anos respondendo eloquentemente o significado de partículas em latim), Bento começou a declamar sobre as bases da democracia, a importância do voto e tal. Em tempos que os telejornais mais desinformam e confundem, acho muito bacana ver que tem novela que ainda consegue relembrar princípios básicos como o conceito de democracia. Só podiam ter feito em uma cena menos Telecurso 2000, né?

Repetição de situações em Eta Mundo Bom



Mafalda estava prestes a se casar com Romeu, mas foi impedida pela falta de vestido, que acabou se desmanchando no altar. O padre disse que noiva pelada não casava. E assim foi-se um casamento. Sandra estava prestes a se casar com Ernesto, o falso Candinho, mas Pancrácio surgiu na igreja e desmascarou o farsante. O casamento é desfeito no altar. Na sequência, Sandra e o irmão Celso travam uma guerra de bolo. Eponina estava prestes a se casar com Inácio, mas a esposa dele chega na igreja e revela que ele já era casado. O casamento é desfeito no altar. Na sequência, todo o núcleo da fazenda trava uma guerra de bolo. Nesta semana, Sandra estava prestes a se casar com o verdadeiro Candinho, mas ele descobre que é o pai do filho que Filomena está esperando e diz não. O casamento é desfeito no altar. Na sequência, Candinho, Sandra, Celso, Pancrácio e Anastácia travam uma guerra de bolos. Eu sei que o Walcyr Carrasco adora essas situações, mas já tá ficando chato em excesso. Que déjà vu!

Participação de Luiza Brunet em Velho Chico



Um monte de gente gosta muito da Luiza Brunet, acha ela diva e todas aquelas coisas que as ex-supermodelos trazem consigo. E tem também aquela ala que torce para que ela volte a tentar a ser atriz. Isso aconteceu em Velho Chico, numa participação especial nesta segunda (30), quando ela apareceu como a dona de um bordel que Afrânio visitou com seu neto. Luiza apareceu com uma peruca bem da esquisita que mirou na Marilyn Monroe, mas acertou em cheio na drag queen Salete Campari. Mas isso nem foi o maior problema. A questão maior foi o sotaque nordestino que Luiza teve de fazer. Estava totalmente estranho, forçado e com uma entonação que, por vezes, lembrava a voz de uma criança. Totalmente bizarro. Fora isso, Luiza até que se esforça, mas dá para entender porque sua carreira como atriz nunca decolou: é porque ela não nasceu para isso. Quem está acompanhando atualmente a reprise de Anjo Mau no Vale A Pena Ver de Novo, sabe do que eu tô falando. 19 anos separam a fútil Tereza da cafetina Madá, mas a canastrice da intérprete continua a mesma. Cada macaco no seu galho!

Final morno e cheio de falhas de TD+


O grand finale de Totalmente Demais foi como o esperado. As emoções finais da trama tinham sido distribuídas entre os três últimos episódios e, no último, ficou basicamente a decisão de quem ficaria com Eliza. Ela terminou nos braços de Jonatas. O que não foi surpresa nenhuma, né? Os autores chutaram o balde para a coerência na reta final apelando com um golpe baixíssimo (o do melodrama do transplante de fígado) para favorecer uma das pontas desse triangulo amoroso (no caso, Jonatas). Acabou estragando a surpresa final. Arthur acabou ganhando o super prêmio de consolação: Carol. Vocês sabem muito bem que eu sou Arliza de carteirinha (CONFIRA AQUI), mas também gostava do Arthur com a Carolina. Os dois tinham muito sex appeal. O problema é que faltou uma desenvolvimento melhor para o casal Carthur. Achei super incoerente o Arthur, depois de ter passado a trama inteira chutando a Carolina e dizendo que a única mulher que amou de verdade era a Eliza, descobrir, assim, do nada, aos 45 do segundo tempo, que a Carolina é que sempre foi a mulher da vida dele. Aham... Sei...



Aliás, incoerência foi o que não faltou no último capítulo da novela. Arthur tirou seu time de campo e deu a Jonatas a chance de ir a Paris com Eliza. O carrapato, então, simplesmente chama um táxi, diz que está indo para Paris para a mãe e, mesmo depois de ter passado por uma cirurgia complicadíssima no fígado onde ficou entre a vida e a morte, enfrenta um voo de doze horas, porque, afinal de contas, isso aqui é ficção e precisamos voar. E para provar que é ficção mesmo, Jonatas, que nunca tinha viajado na vida, conseguiu um passaporte e um visto para Paris de última hora como num passe de mágica e nem mala levou pra viajar. TÁ SERTU!

Porém, nada foi mais deprimente do que as sequências de Eliza e Jonatas em Paris. Foram de uma pobreza vergonhosa. Um fundo mais falso do que nota de três reais que só causou constrangimento. Só por ter sido a maior audiência do horário das sete desde 2012, acho que Totalmente Demais merecia um pouquinho mais de capricho da produção, né? Para piorar, a cantora Gabrielle Aplin (intérprete de Home, tema do casal Joliza), surgiu do nada cantando a música e tocando violão do lado deles. Parecia até cena do extinto Casseta & Planeta!

Mas não será esses tristes deslizes que irão tirar brilho dessa novela que foi mesmo totalmente demais e que já ganhou um lugar especial no meu coração. Já estou com saudades!

Pra não dizer que não falei das flores, adorei o desfecho da trama de Max. Ele conseguiu arrumar um pretendente, Fernando. E o casal deu um tapa na cara da sociedade passeando de mãos dadas pelo mesmo lugar onde Max havia sido agredido por homofóbicos. Melhor do que mil beijos na boca. E foi bacana também o inédito (que eu lembre) crossover da trama com sua sucessora, Haja Coração. Muita irreverencia e diversão com Fedora abordando Carol, Arthur e Pietro no meio da rua e pedindo para ser a próxima capa da revista Totalmente Demais.

domingo, 24 de abril de 2016

O Melhor e o Pior da Semana (17 à 23/04)




 O MELHOR DA SEMANA 



Susana Vieira na bancada do Vídeo Show



Escrevi aqui que a Globo e Mônica Iozzi estavam cometendo um erro histórico com a saída da apresentadora do programa (leia aqui). E aquela minha profecia está se concretizando. No lugar de Mônica entrou Maíra Charken, que não tem a mesma química que sua antecessora tinha com Otaviano Costa e tenta imitá-la forçadamente a todo momento (já falei sobre isso aqui). Aliás, hoje a gente vê que Mônica é quem carregava mesmo o programa nas costas e quem dava graça àquilo tudo. Otaviano é aquele cara engraçado, mas que dá uma despencada para o bobo em certos momentos.

E parece que a Globo pretende promover um rodízio de apresentadores no Vídeo Show. Não sei se a ideia dará certo. Mas nesse feriadão de Tiradentes (21/04), fomos surpreendidos com uma mudança inesperada (e maravilhosa) de apresentadora. Maíra não esteve presente e, em vez da Globo escalar Joaquim Lopes, Boninho teve a ideia de chamar a Diva Soberana Susana Vieira para apresentar o programa ao lado de Otaviano. O resultado foi isso mesmo que todos esperávamos: impressionante.

Susana mostrou que não tem paciência para quem tá começando e apresentou o programa melhor do que a Maíra. Ela conseguiu seguir o roteiro do programa e não chamou mais atenção que as matérias. Claro, ela falava umas curiosidades e fazia uns comentários desprendidos, mas foi uma apresentadora maravilhosa, cheia de boas tiradas. Essa é a terceira vez que Susana Vieira chama a atenção no programa vespertino da Globo. A primeira vez foi quando roubou o microfone ao vivo da mão de Geovana Tominaga; e depois roubando o show como convidada na estreia do falidíssimo Video Show do Zeca Camargo. Pena que foi só participação, porque só Susaninha pra levantar esse programa.

Irandhir Santos e Dira Paes



O que dizer do casal Bentriz que mal se beijou e eu já estou shippando pakas? Em Velho Chico, Irandhir Santos é um vereador com ideias românticas, mas assombrado pelo tiro que deu em Afrânio (Rodrigo Santoro) no passado. Já Dira Paes é Beatriz, a professorinha destemida que bradou contra o prefeito em plena praça de Grotas do São Francisco pedindo melhorias e alertando o povo sobre a importância do voto. Um discurso inflamado e pertinente diante da atual situação política do nosso país, porém, sem cair no didatismo (ainda mais dito na boca de uma atriz competente como Dira). Quando testemunhou os seguranças do prefeito expulsando Beatriz da praça, Bento saiu em defesa dela. Se apresentou como vereador, mas garantiu ser diferente dos demais políticos. Morreu de raiva da violência que a professora sofreu. A sequência foi o destaque absoluto da semana na novela.



Irandhir já havia ganhado o meu coração com o Zelão de Meu Pedacinho do Chão. Desta vez, como Bento, um sujeito das sombras, que fala pouco, mas trama muito, o ator vem se destacando mais uma vez. Estou amando tanto a atuação (sempre brilhante) de Irandhir na novela quanto o casal que ele vem formando lentamente com a professorinha Beatriz. O encontro entre os dois foi bem conduzido desde a primeira vez que se encontraram, durante o comício do Coronel Saruê (Antônio Fagundes) e conforme vão passando os capítulos só aumenta a vontade que a gente tem de ver o romance do casal se concretizar. Por enquanto, o desenrolar dessa trama vai mais satisfatório e mais rápido do que o prometido lengalenga amor entre Santo (Domingos Montagner) e Maria Tereza (Camila Pitanga).


 O PIOR DA SEMANA 



Daniela Mercury como jurada no Superstar


O Superstar já teve uns jurados chatos como Dinho Ouro Preto (que não falava nada com nada), Fábio Jr. (que não sabia o que estava fazendo lá) e até mesmo a pata choca da Sandy, que sabe-se lá porque motivo a produção do programa decidiu mantê-la nessa terceira temporada. E ela acabou de ganhar uma concorrente a altura para disputar o troféu de pior jurada do Superstar: Daniela Mercury.

daniela mercury_2

Primeiro que ela sempre se complica na hora de votar. Parece que não entende muito bem os botões que tem de apertar, se enrola, erra, vota "não" quando quer votar "sim" e por aí vai. Parece aquela tiazinha que se enrola com o celular, que não consegue mandar foto ou uma mensagem no whattsapp.

Fora isso, a cantora peca pelo exagero, sempre querendo chamar a atenção a qualquer custo: quer saber se tal integrante da banda tem namorada, sobe no palco, quer ser a supersimpática, deita na cadeira, levanta para agitar o público. Enfim, parece aquela criança que não sabe se comportar do jeito que deve e toda hora a mãe tem de ficar chamando atenção para ficar quieta. Realmente não dá.

Abusiva repetição dos clichês nas novelas



Nesta semana, para roubar o cofre, Sofia (Priscila Steinman) batizou a comida da família inteira. Em menos de cinco capítulos depois da dopagem coletiva da vilã, Carolina (Juliana Paes) batizou a bebida de Eliza (Marina Ruy Barbosa) num restaurante para forjar um envolvimento da modelo com Rafael (Daniel Rocha). Há alguns meses atrás, Cassandra (Juliana Paes) tentou sabotar Elizar numa prova do concurso Garota Totalmente Demais, mas quem tomou a bebida batizada foi Jonatas (Felipe Simas), que acabou criando um enorme vexame; antes, porém, Cassandra havia experimentado a droga com o próprio pai e acabou deixando Hugo (Orã Figueiredo) doidão. Ou seja, das duas uma: ou os autores de Totalmente Demais estão sem criatividade ou virou moda dar "Boa noite, Cinderela" nas pessoas.


E não é só a novela das sete que anda repetindo os mesmos truques meio que no automático. Nesta semana, Eta Mundo Bom apresentou o terceiro casamento da novela. E, como nas duas situações anteriores, o enlace não se concretizou. Momentos antes do "sim" de Eponina (Rosi Campos), uma mulher entrou na igreja e informou a todos que Inácio (Mauro Mendonça) é casado com ela. Depois, na fazenda, diante de toda a comida que havia sido preparada para a festa, uma confusão boba deu início a uma guerra de comida. A sequência toda foi idêntica a uma ocorrida uma semana antes. O casamento de Sandra (Flavia Alessandra) com Ernesto (Eriberto Leão) foi cancelado no altar, quando Pancrácio (Marco Nanini) denunciou que o noivo estava enganando a todos se fazendo passar por Candinho. Na continuação, houve a tradicional guerra de bolo entre Sandra e Celso (Rainer Cadete). Isso porque, no mês passado, houve o casamento frustrado de Mafalda (Camila Queiroz) e Romeu (Klebber Toledo), que não se concretizou porque o vestido dela se desfez na hora. Só não houve guerra de comida naquela ocasião. Quem acompanha as tramas do Walcyr Carrasco, sabe que ele tem uma obsessão por casamentos desfeitos no altar. Mas tamanha repetição numa novela só já é exagero.

Descaso do SBT com o próprio jornalismo


No domingo passado (17/04), as emissoras de TV do Brasil, principalmente as emissoras com sinais abertos, prepararam uma mega cobertura para a votação do impeachment da presidente Dilma Rousseff, na Câmara dos Deputados. Entretanto, o SBT, de última hora (por ordens do Silvio Santos, que detesta usar a grade de programação da sua emissora para cobrir o que quer que seja e prefere que a programação continue fixa e sem mudanças), cancelou a mega cobertura que preparava.



Mudança na grade, custo da cobertura ou uma opção televisiva alternativa para o público, qualquer que seja o argumento não é o suficiente para nos fazer desacreditar na tamanha falta de senso da emissora. O SBT precisa entender que o entretenimento e a informação caminham juntos. A transmissão da votação pelo impeachment da presidente é muito mais importante e mais histórico do que a busca pela audiência. E não parar a sua grade de programação por um ou dois pontos a mais na média de seus tradicionais programas é como se o SBT estivesse "matando cachorro a grito". A situação aos domingos, no quesito audiência, está difícil para o canal, mas também não é para tanto.

Foi só quando o número de votos atingiu o exigido para a aprovação do processo que pode culminar na saída de Dilma do poder que o canal entrou com um plantão tão rápido que não deve ter durado um minuto. A emissora somente tratou sobre o assunto depois de meia-noite, com o Conexão Repórter. As consequências disso? O SBT ganhou a vice-liderança absoluta no Ibope (que não via há muito tempo aos domingos), mas perdeu credibilidade e fez com que os telespectadores não sejam fiéis aos seus jornais. Quando o público quer informação, usa o controle remoto. Basta olhar o tanto de noticiosos lançados nos últimos tempos, com prazo de validade curtíssimo. Não emplacam, mesmo que apostem em assuntos policiais, como foram os casos do Boletim de Ocorrências e SBT Noticias.



O canal insiste em jornalísticos, não tem paciência, não investe e simplesmente os colocam no ar e cancelam depois. Lançado às pressas, o Primeiro Impacto já foi cortado e perdeu 1 hora. E olha que coisa: na segunda-feira, o Carrossel Animado estará de volta à programação. De novo. Perdi as contas do tanto de vezes que o infantil deixou ou voltou à grade nos últimos tempos. Agora resta a dúvida: já nos aparelhos, o Primeiro Impacto respira por mais quanto tempo? O problema, insisto, é o mesmo de sempre: vão cancelar e, no ano que vem, Silvio inventa de lançar outro informativo às pressas.

Aí vem a questão: se o Silvio acredita que o negócio é apostar em entretenimento, então é melhor desistir do jornalismo de vez, né? Para os jornalistas da casa, então, a sensação deve ser de desânimo total. Trabalhar e não ver o seu esforço na tela é uma frustração enorme. Quanto amadorismo!

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