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sábado, 23 de janeiro de 2016

Será que Totalmente Demais se tornará a nova Geração Brasil?


Quando o No Limite estreou no Brasil em 2000 e depois rolou a estreia da Casa dos Artistas e do Big Brother Brasil, muita gente na época disse que os folhetins estavam ameaçados pelas novelas da vida real que esses programas ofereciam. Bem, estamos em 2016 e as novelas seguem firmes e fortes, assim como os realities também. Foi questão de tempo para que esses dois formatos se misturassem.

Um dos primeiros exemplos que me lembro sobre reality show dentro da teledramaturgia foi um que tinha dentro da novela Celebridade, justamente para mostrar pessoas que queriam ser celebridades a todo custo. Sangue Bom, em seu último capítulo, criou o hilário AQPC - A Que Ponto Chegamos, com ex-famosos e subcelebridades confinados dentro de uma casa em busca de dois milhões de reais e, principalmente, de saírem do anonimato e voltarem pra mídia (qualquer coincidência com A Fazenda terá sido mera coincidência?). Ainda teve Amor à Vida, que mesclou com competência ficção e realidade com a presença da divertidíssima personagem Valdirene (Tatá Werneck) na casa do BBB14, interagindo com os brothers como se estivesse concorrendo mesmo ao prêmio. Mas a novela que inseriu um reality show com maior importância em sua trama foi Geração Brasil, com o tal reality que dava o título da novela para escolher o sucessor do poderoso Jonas Marra (Murilio Benício).


Para quem não se lembra, Jonas Marra era tipo um Steve Jobs tupiniquim e, após criar um império nos Estados Unidos, volta para o Brasil trazendo seus negócios para cá e criando o Concurso Geração Brasil, cujo grande vencedor seria o sucessor de Jonas na Marra Brasil. A seleção foi feita justamente através de um desafio, onde os hackers teriam que quebrar um sistema de segurança e invadir o site do empresário, provando que entendem tudo de computação e tecnologia. Os dez primeiros jovens, entre 14 e 23 anos, que conseguiram foram selecionados para entrar nesse tal reality, onde tiveram que passar por várias provas. Pretensiosa, Geração Brasil falhou ao mirar demasiadamente em tecnologia e no universo corporativo, desprezando os telespectadores não antenados e que não davam a mínima para o assunto. Mas disso eu deixo pra falar numa próxima matéria. O foco aqui é outro.


Os autores Filipe Miguez e Izabel de Oliveira acertaram na condução do reality fictício e as situações vividas pelos nerds no confinamento eram bem interessantes. Realmente, parecia um reality show e quem acompanha BBB podia identificar várias semelhanças nas provas, desafios e, principalmente, nos conflitos entre cada um dos participantes. Prejudicada pela transmissão dos jogos da Copa do Mundo de 2014, tinha dias em que Geração Brasil era exibida por apenas míseros cinco minutinhos. Nesse período, que durou cerca de duas semanas, os autores foram ousados e criativos ao transformarem o reality no grande protagonista temporário da novela. O problema é que, com o fim do concurso, Geração Brasil desandou completamente. A trama começou a patinar, a dar voltas e mais voltas que não levavam a lugar nenhum, ficou confusa, desinteressante e terminou como um grande trambolho. "Mas porque fazer toda essa longa introdução sobre Geração Brasil sendo que a matéria é sobre Totalmente Demais?", é que você deve estar se perguntando. Calma, leitor apressado...

Como eu disse em minha última crítica sobre Totalmente Demais (leia aqui), a novela é totalmente clichê. Uma das poucas inovações é uma espécie de reality show dentro da história, o Concurso Garota Totalmente Demais, que pretende revelar a new face do mundo da moda. E a trajetória do concurso trouxe alguns pontos positivos em relação à Geração Brasil. O primeiro deles é o fato de ser palatável para todo o público. Mesmo quem não gosta de reality ou de assuntos ligados ao mundo da moda, consegue se sentir envolvido na história porque o Garota Totalmente Demais é, acima de tudo, folhetim puro e possui os requisitos necessários de um bom melodrama para fisgar o público.


Entretanto, nem tudo são flores! A decisão de ter apenas uma modelo eliminada por etapa, além de ter todo o período de preparação para cada uma das tarefas, foi um bom aprendizado tirado de Geração Brasil, cujo concurso foi exibido rápido demais e resolvido em poucas semanas. Não foi a toa que a novela afundou após o fim dele. Mas bem que o Garota Totalmente Demais podia ser um pouquinho mais ágil, né? Lembram que cada praga do Egito demorava uma semana em Os Dez Mandamentos? Pois na novela das sete, cada etapa do concurso dura mais de uma semana! É verdade que a chegada da cativante perua Stelinha (Glória Menezes roubando a cena) deu um novo gás ao entrecho, servindo para apressar o processo de myfairladyzação de Eliza (Marina Ruy Barbosa). Mas a história do concurso, no geral, se resume unicamente na protagonista se preparando para cada uma das etapas e na Carolina (Juliana Paes) tentando sabotá-la com a ajuda de Cassandra (Juliana Paiva).

O grande barato do Concurso Geração Brasil era que ele movimentava todos os núcleos ao mesmo tempo, uma vez que cada família da história teve um integrante selecionado. Isso deixava a gente realmente curioso e na expectativa pra ver quem venceria o concurso. Já o do Garota Totalmente Demais é extremamente previsível. Das 13 garotas selecionadas, apenas duas fazem parte da trama: Eliza e Cassandra. O resto é tudo figurante, que, justamente, são sempre as eliminadas. Cassandra tinha sido a pior na primeira etapa, mas escapou por pouco da eliminação graças a uma outra garota que tinha infligido uma das regras do concurso. Na segunda etapa, Eliza foi a pior, mas escapou por pouco da eliminação graças a uma outra garota que revelou estar grávida. E assim se repetiu na terceira etapa e, certamente, nas subsequentes também. Uma repetição chata demais! Isso porque ainda estão dez garotas na disputa, logo, ainda teremos mais dez provas pela frente. Aja paciência!


Talvez, esse lengalenga sirva para mostrar a evolução de Eliza, cuja transformação pode ser percebida de forma sensível e gradativa. A atriz está ótima, assim como a Juliana Paiva, cuja Fatinha 2.0 é um delicioso alívio cômico. Para a nossa sorte, ao contrário de Geração Brasil, a novela não se restringe às várias fases do concurso e todas as histórias/conflitos dos personagens vão sendo desenvolvidas paralelamente. E é isso que faz de Totalmente Demais a novela mais agradável da atualidade, desde as paralelas até a trama principal (ouviu isso, A Regra do Jogo?). A grande questão é se Totalmente Demais conseguirá manter o ritmo após o fim do concurso ou se vai se tornar uma nova Geração Brasil. A seu favor, temos uma história mais simples e mais folhetinesca, com personagens atraentes e carismáticos e uma grande gama de novos enlaces narrativos - como a aposta de Arthur (Fábio Assunção) com Carolina (Juliana Paes), já que se Eliza não ganhar o concurso ele perderá a sua agência para ela e ela perderá sua agência para ele caso Eliza ganhe. É esperar pra ver...

terça-feira, 28 de julho de 2015

As 10 piores novelas das sete dos últimos tempos


10º lugar: Guerra dos Sexos


Remake da famosa novela de Silvio de Abreu que revolucionou o horário das sete na década de 1980. A fim de modernizar sua trama, o autor prometeu mudanças na história, mas poucas foram vistas. Na primeira versão, por exemplo, a luta da mulher por espaço no mercado de trabalho era questão pertinente. Mas, após todas as conquistas das mulheres, o feminismo do início dos anos 1980 não tinha mais essa pertinência em 2012. Silvio de Abreu até tirou o foco da disputa entre machistas e feministas, mas a direção optou por uma linha de humor mais ingênuo – talvez este tenha sido o maior problema da novela. O autor propunha uma mistura de estilos de comédia, que vinha desde o humor infantil de desenho animado até o humor sofisticado do cinema clássico americano. Mas o resultado na tela passou batido. A direção não soube compilar essa sofisticação na hora de tirar do papel e passar para a tela. Faltou fazer rir – o grande trunfo da novela em 1983.


09º lugar: Aquele Beijo



Miguel Falabella apresentou a novela como uma trama de humor espirituoso e inteligente, típica de seu universo, mas faltou à novela uma história central empolgante. As idas e vindas do quadrilátero amoroso principal não empolgouEm meio ao texto fraco e, por diversas vezes, tosco e infantil, foram as tramas paralelas, recheadas de bons personagens secundários, que fizeram a novela acontecer, mas ainda naquelas. Definitivamente, Miguel Falabella não sabe fazer boa novela
(em compensação, escreve séries maravilhosas: Pé na Cova, Toma Lá Dá Cá, Sai de Baixo)!


08º lugar: As Filhas da Mãe


Como bem sugere o título, era uma comédia rasgada ao estilo de novelas escritas por Silvio de Abreu e dirigidas por Jorge Fernando para o horário das sete. É com esse espírito que mistura farsa e chanchada a uma narrativa folhetinesca onde a representação sincera do drama e do romance dão credibilidade ao humor pretendido. Diferente de outras novelas, essa foi escrita para um elenco pré-escalado e já aprovado pela direção. Todos os personagens foram criados levando-se em conta as características particulares de cada intérprete, as facilidades na composição dos tipos e o tipo físico de cada um deles. Entretanto, apesar das inovações, do elenco estelar e do humor sofisticado (ou por causa disso!), a produção mais confundiu do que divertiu o público, que, como bem mostravam as pesquisas de opinião da época, não entendia nada na trama.


07º lugar: Além do Horizonte


A novela começou com ares de inovação. Entretanto, sua trama cheia de mistérios (que lembrava muito os seriados americanos do gênero) e subjetiva demais (a busca da felicidade) acabou confundindo e afastando o público, não acostumado com esse tipo de abordagem às sete horas. Para diminuir o impacto, os autores fizeram grandes mudanças na trama. Os mistérios nebulosos foram abandonados e ficou claro para o público do que a história se tratava. Carregou-se no romance (inclusive rearranjando casais românticos), no humor e a novela foi transformada de uma trama de suspense em uma trama policial. Outro estranhamento do público foi o elenco, cuja estrutura em muito lembrava a Malhação: protagonistas jovens e desconhecidos apoiados em atores veteranos que ficavam em segundo plano, e a ausência de "atores medalhões".


06º lugar: Kubanacan



Um verdadeiro samba do crioulo doido! Por mais que você assistisse regularmente, não se conseguia entender absolutamente nada do que se passava na trama de tantas histórias e reviravoltas absurdas que iam acontecendo (como de um homem que vinha do futuro). Kubanacan é a prova viva de que audiência e qualidade não andam juntos (a novela foi um sucesso)!


05º lugar: Geração Brasil


A novela marcou o retorno da dupla de autores Filipe Miguez e Izabel de Oliveira, responsáveis pela maravilhosa Cheias de CharmeEntretanto, decepcionou-se quem esperava um novo mega sucesso ao estilo da trama das Empreguetes. Um dos grandes vilões de Geração Brasil pode ter sido a expectativa do público e a responsabilidade dos autores de repetirem um novo sucesso ante essa expectativa. A novela estreou com promessa de muitas ações de transmídia, interatividade com o público e repercussão nas redes sociais. Pretensiosa, ao tentar dialogar com o tradicional e variado espectador do horário, Geração Brasil falhou ao mirar demasiadamente em tecnologia: arregimentou os mais jovens e antenados, mas desprezou aqueles que não ligam para o assunto. Prometia agradar a todos, mas acabou revelando-se uma novela nonsense, centrada demais na tecnologia e no universo corporativo. A língua falada pelos personagens americanos misturava inglês e português, sem traduções na sequência, o que acabou incomodando também.


04º lugar: Bang Bang



Com uma proposta diferente e inovadora, baseada nos clássicos do western norte-americano, Bang Bang não conseguiu cativar o público. Vários foram os problemas apontados pelo fato da trama não ter emplacado: a obra não era um folhetim dos mais tradicionais (com vilãs muito más, mocinhas muito boas e romances melados), o ritmo lento da história, as piadas com referências dos anos 60 não tinham mais graça como antes, os nomes difíceis dos personagens atrapalhavam, entre outros. Com uma história que misturou trama cult, passada no faroeste, com homenagem aos Beatles e animações japonesas, a novela testou uma nova linguagem, porém, com enredo confuso.


03º lugar: Desejos de Mulher



A novela começou com o pé esquerdo: o assassinato do prefeito de Santo André (SP), Celso Daniel, que fez o público preferir aos programas policiais; e o repentino apagão que ocorreu em alguns estados brasileiros, o que levou a Globo a apresentar um compacto do primeiro capítulo no segundo dia de exibição da novela. Mas os transtornos não foram só no primeiro capítulo e sim na semana e no mês inteiro. A produção então pediu para que Euclydes Marinho, autor da trama, providenciasse uma virada na novela para depois do carnaval. Com isso, a novela acabou virando uma trama policial confusa, sem nexo e cheia de idas e vindas difíceis de engolir. Até mesmo o próprio elenco da novela (Regina Duarte, principalmente) chegou a reclamar. Um verdadeiro caos!


02º lugar: Três Irmãs


Juventude, surf e o cotidiano litorâneo serviram como base para Três Irmãs, que também abordou assuntos como especulação imobiliária, descaracterização de uma cidade histórica e a ecologia. Apesar de ter estreado bem no Ibope para os então atuais moldes de audiência, a novela foi perdendo telespectadores a cada semana de exibição. Também, já era de se esperar, devido a trama fraca, repetitiva e pouco atrativa. Eram imagens e mais imagens de tirar o folego com vários banhos de praia, surfes e belas paisagens naturais. Mas história que é bom, xiiiiiiiiiiiiiii...



01º lugar: Tempos Modernos



A novela começou com promessas de modernidade (como bem sugere o título) e ares de inovação em estrutura teledramatúrgica, vistos em sequencias e diálogos ágeis e em tons irônicos. O autor propunha uma mistura de futurismo (o edifício Titã, o robô Frank e a figura fria e mecanizada da vilã Deodora, de Grazzi Massafera) com tons farsescos e quase caricatos (como os personagens do núcleo da Galeria do Rock, mais precisamente na relação conturbada entre um quarentão roqueiro convicto mas amargurado e uma cantora lírica de sucesso). Mas a audiência não conseguiu acompanhar (e com razão). Em pouco tempo, ajustes foram feitos pelo autor e mudaram Tempos Modernos radicalmente. Personagens saíram de cena e outros tiveram características bastante alteradas. O vilão Albano (Guilherme Weber), por exemplo, teve seu fim precipitado, enquanto sua comparsa Deodora deixou de ser uma figura robótica para ganhar ares mais humanos, chegando até a apaixonar-se. O robô Frank também foi desligado, deixando de ser o elo entre o mundo atual e o futurista que a novela propunha. O autor também passou a carregar mais no melodrama, visando chamar audiência. Mas apesar de todas as mudanças, a novela só piorou e foi uma vergonha alheia total. Um exemplo de novela que merece ser esquecida para sempre!


quarta-feira, 22 de julho de 2015

Novela brasileira vs Seriado americano


Com a democratização da Internet, hoje em dia todo mundo tem espaço para criticar qualquer coisa. Política, esporte, comportamento e vida alheia viraram temas de debate nas redes sociais, mas nem sempre por pessoas que falam coisas coerentes. As novelas não são exceção e reúnem diariamente na internet centenas de milhares de críticos. Estou criticando isso? Claro que não, até porque isso aqui é um blog de novelas e eu também fico comentando as tramas que estão no ar nas redes sociais. O problema é que muitos exigem uma realidade absurda nas novelas. Quando não é isso, sempre estão acusando as novelas brasileiras de plagiar alguma coisa do exterior. O mais curioso disso tudo é que toda essa implicância não aparece quando se comenta as séries americanas. Pensando nisso, listei algumas novelas produzidas no Brasil que foram acusadas de plagiar obras internacionais. Será que todas essas críticas procedem? Ou não passam de pura implicância em querer diminuir as produções brasileiras? Isso a gente vai saber agora...


Além do Tempo vs Downton Abbey


Além do Tempo trouxe de volta à faixa das seis as novelas de época, uma marca do horário. Ambientada na segunda metade do século XIX, a primeira fase do folhetim recebeu algumas críticas por lembrar vários aspectos à premiada série britânica Downton Abbey. Começando pelo figurino, pela estética, pelos conflitos de classe e pela sua principal locação. Funcionários do casarão gaúcho com roupas escuras e padronizadas, nobreza com um vestuário elegante e homens com chapéus e ternos impecáveis estão presentes nas duas atrações. O look das personagens de Paolla Oliveira e Michelle Dockery também são bastante idênticos, cheios de glamour, até pra justificar o status nobre de cada uma delas. Para aumentar as coincidências, o relacionamento de Melissa (Paolla Oliveira) com a mãe, Doroteia (Julia Lemmertz), na novela da Globo, é muito parecido com a interação de Cora Crawley (Elizabeth McGovern) com a filha, Mary (Michelle), em Downton AbbeyEntre outras semelhanças que vocês podem ver clicando bem aqui.
Essa crítica procede? Claro que não! Downton Abbey foi produzida em 2010, mas a Globo já produz novela de época para o horário desde os anos 70! A Sucessora, Escrava Isaura, Sinhá Moça, Alma Gêmea, Cordel Encantado e Lado A Lado, entre outros, são apenas alguns exemplos.


Amor A Vida vs Grey's Anatomy


O hospital San Magno, cenário principal da novela Amor A Vida, era um verdadeiro hospício. Praticamente, todos os profissionais cometiam erros médicos e tinham desvio de caráter. Ali, rolava de tudo: médicos desmarcando consultas para ficar transando no consultório, no elevador, no estacionamento e em vários cantos do hospital, trocas e falsificação de exames, enfermeira sendo assassinada no banheiro do hospital por uma outra profissional, cirurgião com tremedeira nas mãos não se preocupando se colocava a vida dos pacientes em risco ou não operando-os mesmo assim, médico árabe deixando uma paciente que acabou de fazer um aborto morrer após se recusar ajudá-la por ir contra a sua religião, enfermeiras que só vivem fazendo fofoca da vida da outra e dando em cima dos médicos, pacientes transando com os médicos, enfim... O escândalo foi tanto que os enfermeiros da vida real chegaram a protestar e fazer um abaixo-assinado contra a novela.
Essa crítica procede? Claro que não! Uma novela não tem a obrigação de retratar com total rigor o trabalho de profissionais de determinada aérea. Novela é uma obra de ficção, portanto, o autor pode tomar liberdades na hora de narrar suas histórias. Sem falar também que tudo isso (e muito mais) que aconteceu no hospital de Amor A Vida também tinha em Grey's Anatomy e nem por isso ninguém criticou, ninguém falou nada, nem nenhum profissional da saúde resolveu protestar contra a série e fazer abaixo-assinado. O hospital Seattle Grace da série americana tinha muito mais crimes, safadezas, escândalos e erros médicos que o San Magno. E todo mundo amou! 

Avenida Brasil vs Revenge


Que Avenida Brasil foi um fenômeno mundial, disso todo mundo já sabe. Mas quando a novela estreou, muitos acusaram o autor, João Emanuel Carneiro, de plagiar Revenge, série americana que virou hit nos Estados Unidos, que começou a ser exibida seis meses antes da novela. A premissa das duas tramas é mesmo parecida: em Avenida Brasil, Nina (Débora Falabella) queria se vingar da ex-madrasta, Carminha (Adriana Esteves), que trapaceou seu pai e acabou causando a morte dele; em Revenge, Emily Thorne (Emily VanCamp) queria se vingar da ex-madrasta, Victoria (Madeleine Stowe), que traiu seu pai e acabou causando a morte dele. Para realizarem seus planos de vingança, as duas protagonistas trocaram de identidade e usaram nomes falsos como disfarce (Amanda Clarke se passa por Emily Thorne e Rita vira Nina). Sem falar também que ambas tinham traumas de infância (depois que o seu pai morre, Rita vai morar no lixão; enquanto Amanda é confinada em um reformatório após a morte do pai) e eram apaixonadas pelo filho da mulher que odiavam. E as coincidências não param por aqui (para saber mais, basta clicar bem aqui).
Essa crítica procede? Claro que não! Vingança é um tema pra lá de recorrente nas novelas. Ambas as histórias já foram contadas antes, só que de formas diferentes. Elas remetem ao clássico romance O Conde de Monte Cristo, de Alexandre Dumas, e à peça A Visita da Velha Senhora, de Friedrich Dürrenmat. Sabem aquela história de que nada se cria, tudo se copia? Bem isso. Sem falar que a narrativa da série toma rumos inesperados após a primeira temporada. Fera RadicalCavalo de AçoQuatro por QuatroFera FeridaChocolate com PimentaCelebridade Insensato Coração foram alguns exemplos de tramas que trouxeram a vingança como tema principal.


Amor A Vida vs Brothers & Sisters


Não foi só Grey's Anatomy que apresentou situações bem parecidas com Amor A Vida. A novela também foi acusada de plagiar Brothers & Sisters. Na trama de Walcyr Carrasco, o chef Niko (Thiago Fragoso) e o advogado Eron (Marcelo Antony) são casados e decidem ter um filho com a ajuda da "amiga" Amarilys (Danielle Winits). Na série americana, o casal masculino é formado pelo também chef Scotty (Luke Macfarlene) e pelo também advogado Kevin (Matthew Rhys), que vão ter a ajuda da amiga Michelle (Roxy Olin) para terem um filho. Hum... Será mesmo só coincidência?
Essa crítica procede? É sabido que tanto o autor da novela como qualquer outra pessoa deve conhecer na vida real histórias de casais homossexuais que decidem adotar uma criança e, em algumas situações, utilizando-se de alguém mais próximo (uma barriga solidária). Se Walcyr copiou da série, então a própria série deve ter copiado da vida real, pois é uma história muito comum nos dias atuais, tanto no Brasil, quanto nos EUA e em qualquer outro país. Sem falar também que Amor A Vida toma desdobramentos completamente diferentes de Brothers & Sisters. Na novela, Amarilys se apaixona por Eron, formando, assim, um triangulo amoroso pra lá de inusitado com Niko.


Geração Brasil vs Breaking Bad


Hector Salamanca, de "Breaking Bad", e Aroeira, de "Geração Brasil"

Durante um capítulo de Geração Brasil, a jornalista Verônica (Taís Araujo) localiza o delegado Aroeira (Oscar Magrini). Abalado por um derrame, ele não consegue falar, mas entende o que é perguntado e responde apertando uma campainha: um toque significa "sim", dois toques valem por um "não". O diálogo com Verônica vai evoluindo, até que a jornalista pergunta a Aroeira se ele se lembra de ter conhecido Jonas Marra (Murilo Benício). O delegado, então, dispara a campainha. A forma encontrada pela novela das sete da Globo para fazer Aroeira se comunicar é idêntica à usada por Hector ‘Tio’ Salamanca (Mark Margolis), um personagem secundário, porém, muito marcante do seriado Breaking Bad, que era um traficante de um famoso cartel mexicano que vive preso à cadeira de rodas e só se comunica por meio de uma campainha. Salamanca apareceu em alguns episódios, entre a segunda e a quarta temporada do seriado. Em um episódio específico, confrontado com o nome de Walter White (Bryan Cranston), o protagonista da série, a campainha de Salamanca começa a apitar desesperadamente... Tal como a de Aroeira em Geração BrasilMuitos fãs da série notaram a enorme semelhança e acusaram a Globo de plágio.
Essa crítica procede? Talvez sim, talvez não. Mas, na minha opinião, seria impossível copiar um personagem tão marcante de uma série tão famosa e tão fresca na memória dos fãs sem ser notado. Além disso, Geração Brasil a todo momento sempre fez referências a ícones da cultura pop. Por isso, tudo indica que tenha sido uma homenagem à Breaking Bad e não um plágio descarado!


Império vs Cúmplices de um Resgate*

*Antes que me chamem de burro, eu sei que Cúmplices de um Resgate é uma
novela mexicana e não um seriado americano, mas vale o exemplo também!

Por motivos de saúde, Drica Moraes teve que sair do elenco de Império. O problema é que a atriz vivia a grande vilã da trama, Cora, uma personagem de extrema importância e que não podia morrer na história naquele momento. Sendo assim, a solução encontrada pelo autor, Aguinaldo Silva, foi chamar Marjorie Estiano, a Cora da primeira fase da novela, para retornar ao papel da vilã. Só que a Marjorie é muito mais nova que a Drica, portanto, para interpretar a Cora da segunda fase, que tem uns 50 anos, ela teria que envelhecer bastante, certo? Errado! A justificativa dada para a troca de atriz foi bem surreal: Cora apenas esteve em um SPA que a fez rejuvenescer algumas décadas em poucos dias. É claro que o público não comprou essa história e todo mundo criticou.
Essa crítica procede? Com isso, Império conseguiu enfiar completamente o pé na jaca e virar uma zona difícil de entender. Por mais que seja uma novela e tenhamos que saber "voar", é completamente inverossímil uma personagem rejuvenescer e ficar mais jovem que a própria sobrinha. O pior disso tudo é que nenhum personagem da trama se questionou sobre tal rejuvenescimento e a novela seguiu normalmente. Entretanto, a mudança da Cora não é nada inédita. Isso já havia acontecido em outras novelas. Um dos casos mais famosos é o de Cúmplices de um Resgate. A novela teve como protagonista a atriz Belinda, que, no meio da trama, foi substituída por Daniela Luján. A substituição repentina da protagonista sem maiores explicações marcou a novela. O motivo da troca de Belinda por Daniela aconteceu porque Rosy Ocampo, a produtora da novela, decidiu esticar a novela em mais 55 capítulos, por causa do sucesso que fazia no México. Só que Belinda já tinha compromissos agendados e cumpriu o seu contrato apenas até o fim do período previsto inicialmente. Sendo assim, Rosy decidiu colocar a Daniela no lugar dela e a novela ficou um porre, porque a Belinda era mil vezes melhor fazendo as gêmeas e ficou por isso mesmo. E o público comprou essa história? Não. Mudaram e não explicaram nada dentro da trama!


quarta-feira, 8 de julho de 2015

7 momentos das novelas tão tristes quanto o 7x1


08/07/2014. O dia em que o Brasil levou uma goleada da Alemanha na semifinal da Copa do Mundo com um vergonhoso placar de 7x1. Os brasileiros choraram (de vergonha e decepção... ou tudo isso junto), os outros países debocharam da nossa cara e até mesmo quem não gosta de futebol não conseguiu esquecer esse episódio que é uma das maiores senão, a maior humilhações da história da Seleção Brasileira. Mas acreditem: já passamos por momentos piores nas novelas! Segue abaixo 7 momentos da nossa teledramaturgia que nos deixaram mais tristes que o 7x1:


1 - O fim de Cheias de Charme e Avenida Brasil


Todo dia acordo cedo / moro longe do emprego / Quando volto do serviço quero meu sofá / Tá sempre cheia a condução / Eu passo pano, encero o chão / E a outra vê defeito até onde não há / Queria ver madame aqui no meu lugar, eu ia rir de me acabar... Duvido que você não tenha cantado o hit Vida de Empreguete (ou, pelo menos, ter ouvido alguém perto de você cantando essa música) em 2012. O horário de se reunir a mesa para jantar nunca mais foi o mesmo desde o fim de Cheias de Charme. Ainda bem que, em breve, a novela vai virar filme. Assim, poderei matar minha saudade de rever as Empreguetes, a Diva das Brabuletas Chayene (Claudia Abreu), sua personal-curica Socorro (Titina Medeiros) e todas aquelas musicas deliciosamente cafonas. E, assim que acabava a novela das sete, minutos depois começava Avenida Brasil., o fenômeno mundial, a novela mais assistida dos últimos tempos, a novela que parou o país, a última grande maravilha do horário das nove!!! Saudades da Carminha (Adriana Esteves), da família Tufão (Murilo Benício), do bairro do Divino e, claro, de cantar Oi Oi Oi / Oi Oi Oi / Vem balançar, kuduro / Vamos dançar, kuduro / Oi Oi Oi / Oi Oi Oi / Seja morena ou loira / Vem balançar, kuduro / Oi Oi Oi. 2012: esse ano era foda!



2 - O último capítulo de Fina Estampa


Fina Estampa não era lá uma maravilha, mas até que era uma novela boa de assistir. Entretanto, seu último capítulo pôs todas as duas poucas qualidades na chón, porque a decepção foi grande, viu... Sem a menor dúvida, é o pior desfecho de novela de toda a teledramaturgia brasileira!


3 - A morte do inesquecível Homem de Preto


A morte do Comendador (Alexandre Nero) já havia sido anunciada há mais de um mês antes do último capítulo de Império ir pro ar, todo mundo sabia que isso ia acontecer, mas, ainda assim, conquistados pela magia e carisma de José Alfredo de Medeiros, continuamos acreditando que ele conseguiria escapar de mais uma tragédia. Entretanto, para a infelicidade de todos nós, o Homem de Preto morreu... Morreu assassinado pelo próprio filho com um tiro nas costas. Até hoje essa morte dói no coração de milhares de brasileiros que queriam que o Comendador terminasse a novela feliz com a Maria Marta (Lília Cabral). Como esse blog é de família, não vou expressar aqui os meus sentimentos em relação ao autor da trama, Aguinaldo Silva, por ter matado o Comendador Mentira! Vai tomar no cu, seu velho de merda, desgraçado, fía da puta, porque cê fez isso, cara?


4 - Cora, uma das ~~maiores~~ vilãs de todos os tempos


Quando Império estreou, não se falava em outra coisa: era a melhor novela desde Avenida Brasil e Cora (Marjorie Estiano/Drica Moraes) a melhor vilã desde Carminha (Adriana Esteves). Tanto é que não faltaram memes e mais memes dedicados à vilã nas redes sociais, se tornando um verdadeiro viral na internet com diversas montagens. O sucesso foi tanto que muita gente já considerava Cora uma das maiores vilãs de toda a teledramaturgia brasileira. E a personagem acabou entrando para a lista... Das vilãs mais flopadas e decepcionantes de todos os tempos!!! Da promessa de grande vilã, Cora acabou virando uma maluca sexualmente reprimida que cheirava cuecas e soltava pum e só queria perder sua virgindade com o Comendador (Alexandre Nero). Foi tão flopada que, nos Melhores do Ano ou só da Globo? no Faustão, a personagem nem ao menos disputou como melhor atriz do ano e sim como melhor atriz... COADJUVANTE!!! Que morte triste...


5 - O segredo da Carlota


Ai, ai... Como eu adorava Boogie Oogie... Quer dizer, até aquele maldito e famigerado segredo da Carlota (Giulia Gam) dominar a trama inteira e todos os personagens só falarem disso. Pra piorar, quando, finalmente, foi revelado o grande segredo da vilã, minha reação foi essa aqui, ó:



Que decepção, hein...


6 - Geração Brasil e Em Família


Se em 2012 a dobradinha da novela das sete com a novela das nove deu super certo, o mesmo não aconteceu em 2014. Geração Brasil e Em Família formaram uma perfeita dobradinha... De piores novelas do ano!!! O jeito era trocar de canal na hora da janta e dormir mais cedo quando começava a trama das nove ou aproveitar que a novela era um sonífero e dormir assistindo os dramas de HelenZZZZzzzzzz. Ou seja: ficamos órfãos de dois horários de novela de uma vez só!



7 - Babilônia


E como desgraça pouca é bobagem, depois de Em Família todo mundo pensava que jamais viria uma novela tão chata quanto a última novela do Manoel Carlos, certo? Errado! Babilônia tá aí pra provar que tudo que é ruim pode piorar e tudo que é pior pode piorar ainda mais! Ainda bem que tem Sete Vidas e Verdades Secretas no ar, senão a credibilidade da Globo ia tá na lama...


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