Não perca nenhum dos nossos posts

sábado, 26 de dezembro de 2015

Gafes da Cláudia Leitte salvaram 'The Voice 4' do fracasso total



Temporada vai, temporada vem e Claudia Leitte continua lá pronta para chamar a atenção. Nem sempre da maneira certa, diga-se de passagem. Quem acompanha o The Voice Brasil desde a primeira temporada sabe que a cantora gosta mesmo de aparecer mais do que os outros. Nesses três meses de programa, foi difícil não ficar irritado com suas performances. Exagerada, meio sem graça, forçada e pouco espontânea, a moça já poderia ter sido substituída, digamos, ali no terceiro ano. Duas temporadas com Claudia já estariam de bom tamanho. E o pior é que a produção poderia ter tirado Cláudia antes do início deste ano da atração. Os rumores rolaram soltos mas, por algum motivo estranho, decidiram mantê-la. Para quem gosta de dar boas risadas, foi uma ótima decisão, afinal de contas, infelizmente, o grande chamariz da quarta temporada do The Voice Brasil não foram as grandes vozes dos candidatos, e sim os comentários sem noção, gafes e caras e bocas da cantora. 

Não foram poucos os momentos em que Claudia se tornou o centro das atenções. Quem não se lembra daquela vez que ela cantou em espanhol e com a ajuda de playback a música "Corazón" com Daddy Yankee? Foi um show de pura cafonice! O que foi ela cantando em inglês (quer dizer, tentando cantar em inglês) ontem (25/12) na grande final? Meu Deus, alguém pare essa louca de querer emplacar uma carreira internacional a qualquer custo! E quando o candidato Rafael Dias esnobou a cantora com um corte seco e escolheu o Lulu Santos ao invés dela? Foi engraçado ver a sua cara de tacho naquele momento! E quando ela deu uma bola foríssima ao falar que "lupus é uma doença bizarra"? Assim não tem como te defender, miga! Tinha vezes também que o decotão da Claudia e seus figurinos extravagantes conseguia chamar mais atenção do que o programa em si. E pra quê fazer tantas caretas para as câmeras? Lulu Santos e Carlinhos Brown também fazem as suas, mas Claudia bate recorde. É provável que tenha até umas dores musculares depois da gravação. E ela faz careta pra tudo: se gosta, se não gosta, para tentar alcançar com o rosto aquela nota mais alta da canção do momento, enfim... Tal como a Mara Maravilha na A Fazenda 8, para o bem ou para o mal, Claudia Leitte foi um capítulo à parte. Até porque, verdade seja dita, o que seria do programa sem ela?

técnicos e apresentadores (Foto: Isabella Pinheiro/Gshow)

A principal novidade dessa quarta temporada do The Voice Brasil seria a entrada de Michel Teló no lugar de Daniel. No início, pensei ter sido uma boa escolha. Ele parecia mesmo mais preparado para a função do que seu colega de música sertaneja. Mas foi como trocar seis por meia dúzia. O cantor é gente boa e bem simpático e sua atuação não chegou a comprometer o reality, mas pode melhorar. Ele precisava se impor mais em relação aos outros jurados e na hora de avaliar os candidatos. Lulu Santos segue sendo o único mais exigente e com as melhores avaliações e Carlinhos Brown diminuiu bastante os exageros das outras edições e veio mais moderado nessa temporada. Mas o programa precisava sim de uma reformulação geral e, principalmente, de mais mudanças em seu júri. Não me refiro nem a questão de potência vocal. O Teló, por exemplo, canta menos que muitos aspirantes a estrelas do reality, mas têm lá sua história, entende de música, é um bom compositor. A questão é que a renovação desse quadro de jurados seria extremamente benéfica para o fôlego do formato, além de proporcionar para o público novos métodos de análises ou observações. A previsibilidade do atual juri é tanta que algumas vezes a gente até já sabe o que eles vão falar sobre algum candidato.

Chegou a incomodar também o fato das regras do The Voice Brasil mudarem a toda hora. Se o programa fosse do SBT, muita gente estaria reclamando até agora das mudanças no regulamento que acontecem a cada temporada. Nesta atual, por exemplo, teve uma bizarra que era assim: os jurados, na segunda etapa do The Voice, escolhiam de cara quais candidatos deveriam seguir adiante para a próxima sem que houvesse a necessidade de cantar. Quer dizer, teve gente que foi adiante sem ao menos competir. Pra que isso? O programa não é uma competição? Isso é muito chato!

Outro ponto que precisa ser revisto é o modo de votação. Como se sabe, é possível votar desde que o primeiro candidato está cantando. Só que assim, a regra acaba sendo injusta para os que vêm depois. Digamos que você goste muito da primeira apresentação e já saia dando seu voto logo de cara. Isso já deixa os demais concorrentes com uma boa desvantagem, porque mesmo que o espectador ache o segundo concorrente melhor, já terá votado no primeiro. E assim por diante. O último a se apresentar, então, tem grandes chances de se dar mal. Claro, a não ser que a sua torcida esteja votando desde o início. Talvez, o mais correto seria esperar todos os quatro se apresentarem e daí sim liberar o voto para quem está em casa. Dessa maneira, as chances seriam praticamente iguais para todos. Poderiam até exibir um clipe curtinho para relembrar a apresentação no momento da escolha.

Link permanente da imagem incorporada

Soma-se ainda a todas essas questões acima o fato do nível dos participantes selecionados ter caído mais que os índices de audiência da Record após o fim de Os Dez Mandamentos. O principal motivo da existência do The Voice, seja aqui ou no exterior, é revelar bons cantores. Mostrar que eles existem e fazer com que as pessoas os conheçam. Se vão virar alguma coisa no futuro, aí são outros quinhentos (alguém aí lembra o nome da dupla sertaneja vencedora na edição passada?). Mas o fato é que esta temporada, especificamente, não teve nenhum candidato que me saltasse muito aos olhos. Aqui no Brasil, basta a pessoa ser afinadinha ou gritar pra caramba para acharem que são cantores. Não pode! Costumo dizer que todo mundo deveria ser seu primeiro crítico e ter noção de seus talentos e habilidades. Parece que qualquer um que recebe um aplauso na festinha da família acha que está apto a concorrer num reality que se propõe a achar A voz do Brasil. Não é a toa que, praticamente, todos os candidatos entram no palco já se achando demais como se já tivessem dez discos gravados e cinco Grammys na estante. Nem a Cláudia Leitte ganhou um Grammy. Então menos, bem menos!

Link permanente da imagem incorporada

Os candidatos e todas as suas apresentações, com raras exceções, foram ruins demais. É preciso uma reformulação geral na próxima temporada e ser mais exigente na escolha dessas vozes. Ou, então, o The Voice corre o risco de perder sua credibilidade e cair no desgaste. Se é que já não perdeu, né?



E vocês, pessoal? O que acharam da quarta temporada do The Voice Brasil?


Nenhum comentário:

Postar um comentário

Bora comentar, pessoal!

Poderá gostar também de

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...