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quinta-feira, 10 de dezembro de 2015

Os Melhores Papéis na TV de Marília Pêra



Ela é uma das maiores e mais respeitadas atrizes brasileiras e tem um currículo grandioso no cinema, TV e teatro. A morte de Marília Pêra, que, infelizmente, nos deixou nesse último sábado (05/12), aos 72 anos, encerra uma galeria de personagens inesquecíveis que marcaram o público de várias gerações e uma vida de múltiplos talentos. Ela é uma das artistas mais completas do Brasil: além de atuar, é cantora, bailarina, diretora, produtora e coreógrafa. Da comédia ao drama, heroína ou vilã, rica ou pobre, Marília agigantava as personagens e oferecia ao telespectador momentos de alegria, tensão e reflexão. Por isso, resolvi listar os seus 10 melhores papéis na teledramaturgia brasileira. Obviamente, é uma seleção sob o meu ponto de vista e cabe ao leitor concordar ou não.

10º lugar: Genuína Miranda

Remake da novela Dona Xepa (1977), Lua Cheia de Amor (1991) tem como personagem central Genuína Miranda, uma mulher batalhadora, humilde, sem vaidade, sem estudo e maltratada pela vida que trabalhava como ambulante para sustentar a família. Dona Genú, como era conhecida, fazia qualquer sacrifício pelos filhos e, apesar da dedicação da mãe, eles sentiam vergonha por ela ser pobre e simples.

09º lugar: Serafina Rosa Petrone

Serafina era uma moça solitária, desastrada e aparentemente sem grandes atrativos físicos que alimentava uma paixão secreta por seu chefe, o industrial Claude Antoine Geraldi (Paulo Goulart). Estrangeiro em situação ilegal no Brasil, ele precisava de uma esposa para concretizar negócios ilícitos da empresa e, em troca da mão de Serafina, oferece-lhe parte de sua fortuna. Diante da perspectiva de ver a família e os amigos desamparados por causa da demolição do cortiço onde moram, Serafina aceita encenar o falso casamento, sabendo que ele seria desfeito após um determinado período. Depois de casados, Claude e Serafina passam a morar juntos para reforçar as aparências, mas o relacionamento dos dois é tenso e cheio de brigas de gato e rato, responsáveis por alguns dos momentos mais divertidos de Uma Rosa Com Amor (1972). Com o tempo, claro, os dois acabam se apaixonando.

08º lugar: Noeli

A rivalidade pelo controle do jogo do bicho no subúrbio carioca de Ramos era o tema principal de Bandeira 2 (1972). Na história, o amor de Noeli era disputado por dois bicheiros rivais: Artur do Amor Divino, o Tucão (Paulo Gracindo), e Jovelino Sabonete (Felipe Carone). Além de taxista, a personagem de Marília Pêra na trama era porta-bandeira da escola de samba do bairro. Com ideias feministas, Noeli enfrentava muito preconceito por ser desquitada.

07º lugar: Darlene

A maquiadora de defuntos Darlene, ex-mulher de Ruço (Miguel Falabella) e que não larga seu cigarro e seu copo de gim, é uma personagem que diverte e emociona, oscilando entre a felicidade gratuita e a tristeza existencial, ambígua como a própria vida. Esse foi o último trabalho de Marília na TV. Felizmente, a próxima temporada da série Pé na Cova está toda gravada. Portanto, continuaremos tendo o prazer de assistir Marília na TV até 2016.
06º lugar: Shirley Sexy

Um dos primeiros sucessos da atriz na Globo foi em O Cafona (1971), na qual sua personagem era barraqueira e sem papas na língua, moradora de uma república hippie e secretária de Gilberto Athayde (Francisco Cuoco), por quem era apaixonada e lutava para conquistá-lo. Na época, Shirley Sexy caiu tanto no gosto do público que rendeu à Marília repercussão nacional!
05º lugar: Milu

A trambiqueira e dissimulada Milu foi uma das melhores personagens de Cobras e Lagartos (2006), onde Marília mostrou toda a sua veia cômica com maestria. Apesar de ter sido uma vilã, a perua falida que não abria mão do luxo e do conforto caiu no gosto popular e protagonizou uma sucessão de cenas hilárias, repletas de sarcasmo. Foram muitos momentos ótimos ao lado da saudosa Mara Manzan, que interpretava sua empregada na trama, entre outros colegas talentosos.

04º lugar: Maria Monforte

Marília participou da minissérie Os Maias (2001), adaptação de Maria Adelaide Amaral do romance de Eça de Queiroz, como a angustiada Maria Monforte na fase velha, personagem que não existia na obra original. No livro, a personagem não voltava (ela morria e mandava uma carta) e era apenas citada, mas que surgiu na minissérie de maneira retumbante, marcando uma das interpretações mais memoráveis de Marília Pêra na TV.

03º lugar: Alice

Narrada em flashback, a minissérie Quem Ama Não Mata (1982) foi inspirada em crimes passionais que mobilizaram a opinião pública na época. Os protagonistas, a dona de casa Alice (Marília Pêra) e o dentista Jorge (Cláudio Marzo), casados há oito anos, pareciam um casal perfeito. No entanto, a união estava em crise por não conseguirem ter um filho. Devido à falta de diálogo, eles chegam a ser violentos um com o outro, culminando em uma tragédia. Trabalho primoroso de Marília, em que ela dividiu cenas fortes com Cláudio Marzo.

02º lugar: Rafaela Alvaray

Depois de 13 anos afastadas das novelas, a atriz retornou em Brega & Chique (1987) como a inesquecível Rafaela Alvaray, uma socialite afetada e falida que precisa se adaptar ao mundo da classe média baixa. Foram muitas cenas hilárias ao lado de Raul Cortez, Jorge Dória, Glória Menezes e Marco Nanini, que proporcionaram momentos memoráveis que fizeram da novela um grande sucesso de audiência no horário das 19h. É, sem dúvida nenhuma, a personagem mais lembrada de Marília.

01º lugar: Juliana

A mais emblemática personagem de toda a carreira de Marília Pêra: a sinistra e terrível Juliana, da minissérie O Primo Basílio (1988). A conhecida figura da obra de Eça de Queiroz, adaptada por Gilberto Braga para a TV, foi uma das vilãs mais marcantes da teledramaturgia. Marília deu um verdadeiro show na pele daquela diaba que transformou a vida da patroa Luísa (Giula Gam) em um verdadeiro inferno, obrigando-a a fazer todas as tarefas domésticas por meio de uma chantagem. Todas as sequências exigiram muito da intérprete e o momento em que a víbora morre impressionou com sua total entrega. E para comprovar que a Juliana merece o primeiro lugar da nossa lista, confira a cena da morte da personagem, uma das mais impactantes de toda a teledramaturgia:


Outros papéis de Marília Pêra na TV: Rosinha do Sobrado (1965), A Moreninha (1965), Padre Tião (1965), Um Rosto de Mulher (1966), Beto Rockfeller (1968), O Campeão (1996), Mandacaru (1997), Supermanoela (1974), Top Model (1989), Rainha da Sucata (1990, em uma participação como ela mesma), Meu Bem Querer (1998), Celebridade (2003, em uma participação cantando músicas de Ary Barroso), Começar de Novo (2004), Cobras & Lagartos (2006), Duas Caras (2007), Ti-Ti-Ti (remake, 2010), Aquele Beijo (2011), Incidente em Antares (1994), JK (2006), A Vida Alheia (2010), Viva Marília (1972) e Show da Girafa (1972)


As cortinas da vida se fecharam para Marília Pêra, mas o seu show está eternizado na memória do povo brasileiro. Qual a sua personagem favorita na TV dessa grande atriz?






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